terça-feira, 28 de junho de 2016

Agritec Grajaú capacita agricultores familiares

Agricultores familiares participantes das atividades realizadas durante a feira. Foto: Divulgação
A procura pelo conhecimento foi o marco da primeira Feira de Agricultura Familiar e Agrotecnologia do Maranhão (Agritec), realizada no Parque de Exposição Zezé Santos, no município de Grajaú, de 23 a 25 deste mês.
Foi a primeira Agritec com a presença marcante dos povos indígenas que comercializaram seus artesanatos e mostraram sua cultura com apresentação do boi Indígena da Tribo Nawara.
Durante os três dias de eventos foram capacitados 1.810 agricultores familiares e atraiu aproximadamente 20 mil visitantes. A procura por cursos, palestras, seminários e oficinas foi o diferencial da 6° Agritec realizada pelo Governo do Estado. O objetivo dessas feitas é levar conhecimento e acesso às novas tecnologias fáceis e de baixo custo aos agricultores familiares do Maranhão.
Para o secretário de Estado de Agricultura Familiar, Adelmo Soares, a Agritec Grajaú atingiu seu objetivo principal que é levar informação para incrementar a produção. “Proporcionamos aos agricultores conhecimento, espaço de comercialização, transferências tecnológicas e contratos firmados com instituições financeiras. Tudo isso, mostra o empenho do Governo do Estado em transformar a realidade do Maranhão por meio do conhecimento e da produção”.
Entre os agricultores familiares, mais de 200 índios procuraram as salas de capacitações em busca de conhecimento na área de produção. “Estamos aqui com o objetivo de nos capacitar e, através dessa capacitação, melhorar nossa produção e criação”, explicou Sebastião Guajajara, cacique da tribo Morro Branco. Ele informou que os cursos de criação de aves caipira e caprinocultura foram os mais procurados pelos povos indígenas.
Alguns dos destaques da programação foram sobre produção de aves caipira, ‘quintais produtivos’, cooperativismo e associativismo, os debates sobre ‘Crédito rural como instrumento de desenvolvimento econômico e social, Criação de Abelhas, mandiocultura, registro de agroindústria, horticultura foram também bastantes procurados, além de diversos cursos voltados para o desenvolvimento rural.
Os espaços de comercialização e contratos com instituições financeiras garantiram um volume de negócios de R$ 1.752,400. Os agricultores familiares negociaram produtos como frutas, hortaliças, artesanato e derivados do coco babaçu. Comerciantes, fornecedores de serviços e empresários da rede hoteleira também ganharam com o evento inédito na região.
Serviços
Sala de capacitações na área de produção com a presença de índios. Foto: Divulgação
 
As secretarias de Estado prestaram diversos serviços à população do Médio Sertão durante os três dias de evento. O Viva Cidadão realizou 763 atendimentos com emissão de RG e CPF.
O Projeto Fazendo Educação, desenvolvido pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), foi um dos destaques na programação da primeira Agritec no município de Grajaú.
A secretaria da Fazenda (Sefaz) esclareceu dúvidas sobre emissão de nota fiscal online e a Secretaria de Estado de Saúde (SES) realizou centenas de atendimentos aos visitantes da Agritec.
Durante a Agritec, a Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Agerp) realizou mais de 50 atendimentos comissão de Cadastros Ambientais Rurais (CAR), que é uma ferramenta utilizada para auxiliar o processo de regularização ambiental de propriedades e posses rurais.
Além disso, a Agerp expôs vitrine tecnológica de meliponicultura e promoveu curso de criação racional de abelhas. Tiveram ainda participação das Regionais Barra do Corda, Presidente Dutra, Imperatriz e a de Regional de Codó que levou o Projeto Biofort. A Agerp, também, organizou palestras sobre caprinocultura e ovinocultura.
O presidente da Agerp, Júlio César Mendonça, enfatizou a importância do processo de transformação da realidade no meio rural proporcionado pela Agritec: “Todo o Sistema SAF vem atuando a cada edição como agente responsável pela mudança, levando tecnologia para as famílias rurais. Vamos colaborar para que o agricultor produza cada vez mais e melhor, prestando assistência técnica atuante e de qualidade”.
O Governo do Estado por meio do Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (Iterma) doou uma área de domínio, medindo 910,25m, para construção de um Centro comunitário e cultural no povoado Alto Brasil, em Grajaú.
A Agritec é uma realização do Governo do Estado do Maranhão, por meio do Sistema SAF, composto pela Secretaria de Agricultura Familiar (SAF), Agerp e Iterma.
São parceiros na realização da Agritec, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)/Cocais, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Prefeitura de Codó.
Entre os movimentos sociais parceiras, a Associação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas do Maranhão (Aconeruq), Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento Científico do Maranhão (Fapema), Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Na Agricultura Familiar do Maranhão (Fetraf-MA), Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

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