domingo, 31 de agosto de 2014

(Em época de eleição, todos falam nela!)


O assunto mais importante para todos nós é o da saúde. Sem esta, tudo, ou quase tudo, se torna irrelevante.Segundo recente pesquisa sobre o tema divulgada no 19/08/2014, 93% dos brasileiros estão insatisfeitos com os nossos serviços públicos e privados.

E não é para menos. Os nossos hospitais, unidades básicas e postos de saúde estão, em sua maioria, ruins, deteriorados, funcionando precariamente e sem condições de atender a demanda da população. Poucos são os que reúnem condições adequadas. Sem falar nas filas para marcação de consultas, exames, procedimentos e tratamentos que aumentam a cada ano. Quantos, nesse momento, esperam por um desses procedimentos nas filas que andam devagar!
E nos serviços suplementares, embora em melhores condições que os serviços públicos, a situação não é confortável.

Os profissionais públicos e privados mal valorizados com salários corroídos pela inflação trabalham excessivamente. Que o digam os enfermeiros e técnicos/auxiliares com as suas extenuantes cargas horárias!

Dentre várias situações uma é alarmante: a diminuição do número de leitos hospitalares nos últimos anos, algo em torno de 12.000 em todo o Brasil, apesar do crescimento da população.

Coincidentemente, a saúde é cada vez menos financiada pelo governo federal, o que compromete as receitas dos estados e municípios. Em 2002, o governo federal era responsável por 54% dos investimentos em saúde. Hoje, é responsável por apenas 44%. O governo federal não investe em saúde mais do que 4% do seu orçamento.

Além de mais recursos de fontes regulares, uma eficiente gestão do sistema faz-se necessária. E com maior rigor quanto ao uso do dinheiro público. Para isto, é preciso desaparelhar o estado tão aviltado pelos patrimonialistas e maus políticos de plantão.

Um deputado federal que tenha compromisso com a saúde tem por obrigação lutar por maiores recursos regulares para a saúde, tanto federais como estaduais;
pela valorização de seus profissionais com o estabelecimento de plano de carreiras para médicos, enfermeiros, técnicos e demais funcionários;
por leis que deixem as instituições do setor menos dependentes da política e melhor dirigidas por seus funcionários de carreira;
por políticas de saúde voltadas para a integração dos municípios em suas vocações por meio dos Consórcios Municipais de Saúde, etc.

Cabe-me lembrar que no Maranhão, o médico e ex-governador Jackson Lago, injustamente cassado, tinha a intenção de construir 5 grandes hospitais regionais (só teve tempo de construir o de Presidente Dutra; porém, antes de ser cassado, deixou o dinheiro depositado em contas das prefeituras de outras 4 cidades para a construção dos mesmos!) para atender às demandas crescentes de atendimento de urgência e emergências, além de cirurgias e tratamentos de média e alta complexidade.

É preciso retomar a construção dos mesmos e, ao mesmo tempo, atuar na atenção primária com investimentos vultosos no Programa Saúde da Família que progrediu muito pouco nos últimos anos.

Costumo dizer que o Programa Saúde da Família significa Mais Médicos, Mais Enfermeiros, Mais Técnicos e Mais Agentes de Saúde.

Recursos para a Saúde não representam gastos mas, sim, investimentos.

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